sexta-feira, 30 de abril de 2010

Factores de protecção ao desenvolvimento infantil:


Garmezy (1985) classifica-os em três categorias: a) atributos disposicionais da criança- actividades, autonomia, orientação social positiva; b) características da família – coesão, afectividade e ausência de discórdia e negligencia e c) fontes de apoio individual ou institucional disponíveis para a criança e a família – relacionamento da criança com pares e pessoas de fora, suporte cultural, atendimento individual médico e psicológico, instituições religiosas, etc. Num estudo de Gomide (2203) sobre estudos parentais, a autora destaca práticas educativas positivas que envolvem: o uso adequado ao estabelecimento de regras, distribuição segura de afecto, acompanhamento e supervisão das actividades escolares e o comportamento moral que implica responsabilidade, desenvolvimento da empatia, justiça. Já Guralnick (1998) assinala três padrões na interacção da família: a qualidade de experiências apropriadas com o ambiente físico e social; e o modo como a família assegura a saúde e a segurança da criança. Kumpfer e Alvarado (2003) salientam o ambiente familiar positivo para que os jovens não enverguem em comportamentos delinquentes. Rae-Grant, Thomas, Offord e Boyle (1989) reconhecem como factores de protecção o temperamento positivo, a inteligência e competência social. Como factores da comunidade, os autores identificam os relacionamentos que a criança apresenta com os seus pares e com instituições. Werner dá destaque ao vinculo afectivo dos avós ou irmãos que promovem a autonomia e a confiança na criança, fornecendo tal como os amigos e a escola um suporte emocional.
A Associação Americana de Psicologia destaca a “resiliência” exemplificando: a) relacionamento positivo; b) convicção religiosa ou espiritual; c)expectativa académica com suporte adequado; d) ambiente familiar positivo; e) inteligência emocional e f) habilidade para gerir o stress. Para Kumpfer e Alvarado (2003), os mecanismos familiares de protecção e o processo de resiliência individual devem ser direccionados para reduzir os factores de risco familiares. Para promover comportamentos saudáveis nos adolescentes apontam: um relacionamento positivo com os pais, disciplina e supervisão, comunicação saudável. Segundo estes, as pesquisas em resiliência sugeriam o suporte familiar auxiliando a criança a desenvolver sonhos, ter objectivos e realização pessoal.

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